Uma Lição de Atitude

A caçada à ardilosa javalina (porco selvagem) no Arizona provia ao irmão Branham uma agradável mudança das pressões física e emocional das campanhas. Desde o começo em 1946, isto se tornou um evento que ele procuraria se apressar no início de cada primavera.

Por vários anos, a caçada à javalina era de tal modo uma perseguição popular (e competitiva) ao redor de Tucson que uma loja local de materiais de caça oferecia uma recompensa para a pessoa que trouxesse o maior porco durante a temporada. A fim de ser convincente para a recompensa, o caçador teria que trazer sua caça à loja para ser pesado e registrado. A recompensa, uma espingarda Winchester, era premiada no último dia e na última hora da temporada de caça.

Num determinado ano, o irmão Branham e dois amigos próximos estavam caçando perto da fronteira do México, 30 milhas ou algo assim ao sul de Tucson. Era o último dia de uma temporada que havia, e até aí, sem sucesso. A noite estava se aproximando quando de repente o irmão Branham localizou uma enorme javalina, e dentro de segundos a presa foi sua. Os três caçadores experimentados estavam espantados com o tamanho do animal, um dos maiores que eles já tinham visto, e eles rapidamente decidiram que tentariam levá-lo de volta à cidade para registrar para a recompensa.

No Cook’s Sporting Goods, o irmão Branham apressou-se em direção a entrada enquanto os outros esperavam no caminhão. Sentado nos degraus estava um homem de idade, obviamente um caçador, com sua espingarda ao seu lado, e na passagem, o irmão Branham lhe perguntou:

“O torneio acabou? A recompensa já foi conquistada?”
“Não”, o homem respondeu, “ainda faltam alguns minutos para acabar”. E exatamente quando o irmão Branham alcançou a porta, o homem acrescentou: “Por enquanto, a maior é a minha”.

Instantaneamente o quadro mudou. O sentido de urgência desapareceu, e o irmão Branham voltou e eventualmente sentou-se próximo ao caçador. “Quão grande é o seu porco?”    ele perguntou ao mesmo tempo em que observava de leve a espingarda mutilada que estava deitada perto dele.

“É uma boa; cinquenta libras”, ele declarou orgulhosamente.

Vendo, mas não entendendo a razão do porque ele estava sentado nos degraus, ao invés de ir para dentro para registrar o maior porco que agora deitava na parte de trás da pick-up, os companheiros de caça do irmão Branham começaram eles mesmos a descarregar o animal. Porém um quase imperceptível balanço de sua cabeça os interrompeu, e, confusos, eles simplesmente pararam próximo ao caminhão e aguardaram, sem saberem o que fazer.

Por algum momento, os dois homens na escada continuaram conversando até que finalmente o tempo para a competição havia expirado, e o caçador mais velho foi capaz de reclamar pela nova espingarda.

Os companheiros de caça do irmão Branham não estavam totalmente contentes à medida que os três se dirigiam para casa sem o prêmio que eles sabiam que sua javalina (que pesava 60,5 libras) poderia facilmente ter conquistado.

“Você deveria ter reclamado o prêmio”, eles insistiram, “ e depois você poderia ter dado a arma ao outro homem, porém seu nome teria estado no livro dos recordes. Você tinha o maior porco!”.

“Sim, eu poderia ter feito desta maneira”, o irmão Branham admitiu, “e se um outro caçador tivesse exibido no último minuto um animal maior do que o homem de idade, eu teria registrado o meu e depois dado ao velho caçador o prêmio. Mas, sempre significará mais para ele, tendo conquistado isto por si mesmo”.

Este é exatamente o tipo de homem que William Branham foi.

 

Fonte: Site eletrônico da Only Believe, mantido pelo ir. George Smith

Por que ir à Igreja?

“Porque ir à Igreja?”, é o título do texto que diz o seguinte: “Um freqüentador de Igreja escreveu para o editor de um jornal e reclamou que não faz sentido ir à Igreja todos os domingos.

“Eu tenho ido à Igreja por 30 anos, ele escreveu, e durante este tempo eu ouvi uns 3.000 sermões. Mas por minha vida eu não consigo lembrar-me de nenhum deles… Assim, eu penso que estou perdendo meu tempo e os padres e pastores estão desperdiçando o tempo deles pregando sermões.

“Esta carta iniciou uma grande controvérsia na coluna “Cartas ao Editor”, para prazer do Editor-Chefe do Jornal. Isto foi por semanas, recebendo e publicando cartas sobre o assunto, até que alguém escreveu este argumento:

“Eu estou casado já há 30 anos. Durante este tempo minha esposa deve ter cozinhado umas 32.000 refeições.

Mas, por minha vida, eu não consigo lembrar-me do cardápio de nenhuma destas 32.000 refeições. Mas de uma coisa eu sei. Todas elas me nutriram e me deram a força que eu precisava para fazer o meu trabalho.

Se minha esposa não tivesse me dado estas refeições, eu estaria hoje, fisicamente morto. Da mesma maneira, se eu não tivesse ido à Igreja  para alimentar minha fome espiritual, eu estaria hoje morto, espiritualmente.

“Quando a gente está resumido a NADA… Deus está por cima de tudo!

A Fé vê o invisível, acredita no inacreditável e recebe o impossível. Graças a Deus por nossa nutrição física e espiritual!

Quando o mal está batendo na sua porta, simplesmente diga: “DEUS, POR FAVOR, ATENDA PARA MIM!”

Interessante ou não, caros amigos e amigas?

Uma Lição Dolorosa

Ana, uma jovem e graciosa mulher, estava sentada à janela de sua casa, que dava sobre o jardim. No seu rosto debuxava-se um ar de tristeza, que não correspondia em nada ao seu ambiente alegre e festivo.

Havia seis meses se achava casada; era dona de uma bela casa e tinha um esposo que lhe consagrava um amor ardente e puro. Entretanto, nesse momento não cogitava dessa felicidade. Nuvens sombrias lhe perpassavam pela mente, devidas a uma primeira e leve desavença entre ela e o esposo. O matrimônio introduz sem dúvida muitas modificações na vida de dois cônjuges, não realiza, porém, uma transformação súbita dos corações e do caráter. Foi assim que Ana trouxe para a vida conjugal boa parte de seus caprichos e teimosias. Estes caprichos tinham encontrado terreno propício na casa paterna, onde ela, como única filha de seu pai, que cedo enviuvara, fora desde pequena acostumada a ver satisfeitas todas as suas vontades.

Era uma nuvem ligeira, apenas, que ameaçava totalmente o céus conjugal, nuvem que uma resolução decidida, de um coração sensato, facilmente teria dissipado.

Naquela manhã ela exprimira ao esposo o desejo de que ele voltasse mais cedo a casa para juntos fazerem algumas visitas há muito projetadas. “Isto não me será possível hoje,” lhe respondera ele, “uma promessa que fiz e que me é necessário cumprir, tomará hoje todo o meu tempo.” Ana, que tomava muito interesse em fazer visitas, considerou uma falta de atenção. Entendia que devia ter em mais os seus desejos e manifestou este seu sentir em palavras enérgicas, que pouco a pouco se foram tornado acerbas (azedas).

Seu esposo nada lhe respondeu. Terminado o almoço, saiu da sala de jantar, aguardando ainda no corredor as costumadas expressões de despedida da esposa, mas … mutismo glacial! Mais uma vez voltou da escada. Em vão! Nenhum adeus, nenhum olhar sequer ela se dignou dispensar-lhe. Assim saiu, pela primeira vez, sem que sua mulher lhe houvesse feito as costumadas despedidas.

Ana, entretanto, não se sentia bem; recusava, porém, atender à voz da consciência, buscando a todo o transe persuadir-se de que estava no seu direito.

Sentada à janela, rememorava a triste ocorrência daquela manhã, quando lhe foi anunciada uma visita. Era a tia Berta, a única irmã de sua mãe, que desde muito cedo havia desempenhado o papel de mãe para com ela. – Quanto estimo a sua presença aqui, querida tia; sinto-me muito infeliz.

– Infeliz? … Tu!? exclamou a tia.

Ana relatou-lhe então o incidente da manhã; como seu marido fora obstinado e desafável para com ela. “Mas eu me vinguei, acrescentou; não lhe fiz as despedidas do costume e não o acompanhei até à cancela do jardim.”

Uma ligeira nuvem perpassou pelo rosto de sua tia, e, dirigindo-se a Ana, disse: “Não acho que teu esposo mereça um juízo tão desfavorável. Se outro tivesse dito isto, serias a primeira a defendê-lo. Teu marido parece-me estar no seu direito, se não se deixou reter, por um capricho teu, de cumprir a sua promessa.”

Ana estava a ponto de chorar, porque não obtivera o apoio da tia. Resolveu nada mais dizer a respeito e ajustar as contas com o marido quando voltasse à noite.

Ambas se dirigiram então ao jardim, onde, sentadas à sombra de frondoso arvoredo, Ana pôs-se a narrar à tia a sua felicidade conjugal, como se houvesse esquecido aquela cena da manhã.

 – Ana, interrompeu-a a tia subitamente, vou contar-te uma história. É uma história triste e dolorosa, mas em todo caso será bom que a ouças.

 – Oh, disse Ana, terei muito prazer em ouvir! Lembra-me o tempo em que ainda era criança e escutava as histórias que a senhora me contava. Mas, se é uma história de recordações dolorosas, seria talvez melhor não a contar.

 – A dor a tenho comigo, respondeu-lhe a tia, quer eu ta conte quer não. Mas referir-te-ei esta experiência dolorosa de minha vida por amor de ti, e virás a compreender a razão.

 “Como sabes, precipitou a tia, o teu tio foi morto em um desastre de estrada de ferro, quando ainda era criança.”

 – Sei, respondeu Ana, embora nunca a tenha ouvido referir-se a esse triste acontecimento.

– O trem, continuou a tia, que devia reconduzi-lo uma tarde da casa bancária, em que estava empregado, abalroou contra outro. Houve diversas vítimas e meu esposo foi um dos que imediatamente sucumbiram.

– Que horror! exclamou Ana. Como pôde a senhora suportar tamanho golpe? Penso que eu teria morrido.

– A dor nem sempre mata, volveu a tia com um sorriso triste. Aquele que no-la dá, pode também conceder-nos forças para suportá-la. Era, porém, outra coisa, continuou a tia; era outra coisa que ainda muitos anos depois me fazia sangrar o coração.

“Ainda agora custa-me demorar sobre a recordação deste fato e por isso vou narrar-te em poucas palavras.”

“Eu era então, minha filha, como tu, uma mulher obstinada e caprichosa, que gostava de ver satisfeita a sua vontade. Minha vida conjugal era muito feliz. Embora eu amasse muito a meu esposo, não era capaz de sacrificar minha obstinação ao meu amor. Certa manhã tivemos uma altercação (Disputa, discussão acalorada; polêmica).
Era uma coisa insignificante. Tratava-se de plantar, no jardim, algumas trepadeiras para as quais eu havia já escolhido o lugar. Meu esposo não concordou comigo quanto à escolha que fizera, apresentando diversas razões, aliás justas. Entramos a discutir razões e não tardou que a minha obstinação, na sua forma mais indigna, conquistasse o terreno. Meu esposo teve que partir para o trabalho. Ainda o vejo como, hesitando em retirar-se, aguardava as minhas despedidas. Acercando-se de mim, e lançando o braço ao meu pescoço, disse: “Dá-me um beijo e faze as pazes!”

“Não me senti com forças para dizer-lhe uma palavra. Nem sequer olhei para aquele querido rosto, que jamais havia de tornar a ver com vida. Ainda lhe ouvi os passos quando saiu pelo jardim, fechando a cancela. Mais uma vez olhou para trás, eu, porém, não lhe fiz nem sequer um aceno. Oh, querida Ana, o que senti naquela tarde em que mo trouxeram morto, não me é possível exprimir! Ali estava aquele querido rosto, tão belo e radiante de paz, enrijecido agora pela morte. ‘Dá-me um beijo e faze as pazes,’ foi o que me dissera pela manhã, sentindo eu ainda o abraço forte com que me apertara. Agora seus braços frios e imóveis jaziam cruzados sobre o coração que cessara de pulsar. Seus lábios frios não respondiam mais aos meus beijos ardentes de arrependimento. Era eu quem agora aguardava em vão uma resposta.

“A grande dor que sofri e a coisa mais acerba (angustia) que ela envolvia, o arrependimento, determinaram em mim uma grave enfermidade. Quando me restabeleci, as sarças cobriam a campa de meu esposo. Ainda me lembro, como se fosse hoje, quando, ainda fraca, saí pela primeira vez ao jardim. Floresciam ainda algumas rosas de verão, as flores prediletas de meu esposo, e a um canto jazia os ramos secos das trepadeiras que haviam sido a causa de nossa desavença.”

– Mas, querida tia, disse Ana banhada em pranto, como lhe foi possível suportar tudo isso?

– Foi na verdade um sofrimento longo e triste, minha filha, mas meu adjutório foi Aquele que não quebra a cana trilhada e que não apaga o pavio que fumega. Tive também a consolação de ver meu filhinho crescer e desenvolver-se, apresentando sempre maior semelhança com o pai. Mas agora devo ir, minha querida. Antes de despedir-me, porém promete-me não esquecer o que te narrei.”

– Nunca! respondeu Ana, do fundo do coração.

Com que impaciência Ana aguardava naquela tarde a volta do esposo! E como cresceu a sua ânsia, quando ele não apareceu à hora do costume! Finalmente, quando chegou, foi indizível a sua alegria por tornar a vê-lo são e salvo. Em vez de uma ajuste de contas, uma confissão sincera e humilde de sua falta restabeleceu a primitiva harmonia.

Tempos trabalhosos, de aflições e cuidados, sobrevieram também, no decurso do tempo, à casa de Ana. Vieram, porém, encontrar os dois esposos unidos para a luta. E ainda muitos anos depois Ana podia repetir à tia: “Desde aquela visita memorável nunca mais contendi com meu esposo, e quando temos de separar-nos, ainda que seja por algumas horas, as despedidas são tão íntimas e afetuosas, como se fossem as últimas que trocássemos.

Um copo de água fria

Episódios da Grande Guerra

Durante uma longa viagem em estrada de ferro, estava eu, há algum tempo, num dia de extenuante calor, em companhia dum oficial de cavalaria, que tinha tomado parte em alguns combates na grande guerra.

Contou-nos alguns episódios, mas nenhum me impressionou tanto como o que se segue:

– Foi, diz ele, no dia seguinte ao duma vitória custosamente ganha com esforços e cansaço extraordinários. Tinham-me encarregado de levar uma ordem importante à retaguarda, quando, no momento de partir, o meu cavalo, estafado, recusou marchar; mancava e não podia mesmo caminhar. Sem demora, fui buscar outro; este era tão bravo e manhoso, que alguns minutos se passaram antes que me tivesse sido possível montá-lo e sujeitá-lo à obediência. Empinava, escoiceava e quando eu estava quase a vencê-lo, estacava ao menor obstáculo e continuava os seus pinotes.

Entretanto, era preciso apressar-me; a mensagem de que eu era portador não admitia nenhuma demora, e a estrada, obstruída com tropas e materiais, dificultava ainda mais a minha viagem. Era meio-dia e estava apenas a meio caminho. O ar estava pesado e abafadiço; nuvens de pó secavam-me a garganta. Estava cansado, meu cantil estava vazio, sentia-me a desfalecer. Numa volta do caminho descobri uma fonte abundante, junto da qual alguns soldados descansavam e enchiam os seus cantis.

Desejava descer para fazer o mesmo, mas o cavalo, como que pressentindo a minha intenção, deu pinotes tão furiosos, que tive de renunciar à minha tentativa, para não excitar os risos grosseiros do acampamento.

Aborrecido com este contratempo, desatei o meu cantil e, dirigindo-me a um dos soldados, o único que parecia não se rir do meu infortúnio, estendi-lho, pedindo-lhe que mo enchesse.

Era de mau aspecto, de sobrancelhas grossas, bem carregada; ainda assim estava eu longe de esperar resposta tão cruel:

-Encha-o você!

Diante destas palavras, a minha cólera não teve limites.

– Desgraçado! – gritei-lhe; – tomara um dia o encontre a morrer de sede e a pedir um copo de água fria, para eu ter também o prazer de lho recuar!

Em seguida, dei de esporas ao cavalo e parti numa corrida desenfreada, sem fazer caso dos convites dos outros soldados, que me gritavam que voltasse.

Uma légua depois um rapazinho, compadecido, deu-me água, a mim e ao meu cavalo. Em troca dei-lhe um punhado de dinheiro, mas, comparando a prontidão que ele teve em me servir com a conduta dos meus companheiros d’armas, senti como que uma onda de ódio a revolver-se dentro de mim.

O rosto daquele soldado gravou-se-me em traços indeléveis na imaginação; e jurei procurá-lo – Deus me perdoe! – até me poder vingar. Durante dois anos, nos campos de batalha, entre os moribundos, continuei sem resultado esta busca ímpia. Enfim, chegou o dia.

Em resultado de alguns ferimentos fui levado para um hospital de guerra. Não estando ainda em estado de retomar o meu serviço, empregava o tempo a cuidar dos que estavam mais feridos do que eu.

Nunca me senti tão compadecido para com os pobres soldados como no meio destas cenas de dor e de sofrimento, das quais os campos de batalha não dão idéia nenhuma. Tinha verdadeiro prazer em aliviar-lhes as dores e alegrá-los.

No meio destas novas ocupações, esqueci o meu “inimigo.” Era assim que eu chamava ainda aquele que me tinha recusado o copo d’água fria.

Depois duma grande batalha, muitos feridos vieram para o nosso hospital. Todas as salas ficaram repletas; o calor era medonho, e os doentes sofriam cruelmente de sede e da atmosfera abrasadora da sala. De todas as camas gritavam: Água ! Água ! Água !

Peguei num copo e num balde d’água gelada, e fui de fileira em fileira, distribuindo o líquido precioso a todos os que o pediam. Só o cair da água no copo já lhes fazia brilhar a alegria nos olhos abrasados pela febre.

Quando eu andava pelo meio das coxias entre as camas, um homem deitado do outro lado da sala levantou-se de repente, gritando:

– Água! Água! Pelo amor de Deus!

Fiquei horrorizado. Tudo o que me cercava desapareceu aos meus olhos e não via senão a ele. Era o que me tinha recusado um copo de água fria!

Aproximei-me, mas não me reconheceu. Caiu exausto sobre o travesseiro, com o rosto voltado para a parede. Então senti comprimir-se-me a alma, ouvi uma voz dentro de mim a dizer distintamente:

– Faze-lhe ouvir o barulho da água, passa e torna a passar diante dele, dá a todos os que o cercam e não a ele. Vinga-te.

Mas ao mesmo tempo ouvi o murmúrio doutra voz. Uns dizem que era a voz da minha consciência; outros a de Deus, e outros ainda o resultado das lições de minha mãe. Fosse qual fosse, esta voz dizia:

– Meu amigo, é hoje o dia propício e a hora de pagar o mal com o bem, de perdoar, como Jesus te perdoou. Vai e dá de beber ao teu inimigo.

Um movimento involuntário me arrastou para a sua cama; amparei-lhe a cabeça com o braço e aproximei o copo dos seus lábios febris.

Oh! Como bebeu! Nunca esquecerei sua expressão de alívio e o olhar que me lançou, sem pronunciar palavra. Vi que estava profundamente comovido.

O pobre teve de sofrer amputação de uma perna e pedi ao médico autorização para tomar sob os meus cuidados.

Tratava-o dia e noite. Durante muito tempo conservou o mesmo silêncio, até que um dia, quando me afastava de sua cama, agarrou-me pelo paletó e, puxando-me para bem junto de si, disse-me em voz baixa:

– Lembra-se você do dia em que me pediu de beber?

– Sim, camarada; mas o que lá vai, lá vai. Isso acabou.

– Para mim não, continuou; não sei o que tinha naquele dia; o capitão acabara de me repreender; tinha febre, estava encolerizado. Poucos instantes depois fiquei envergonhado com a minha conduta, mas era tarde demais. Há dois anos que o procuro para lhe pedir perdão. Quando reconheci aqui, lembrei-me do que me tinha dito e tive medo. Diga-me: Você me perdoa?

Eu tinha-o procurado dois anos para me vingar; ele me procurou para se humilhar e me pedir perdão. Qual dos dois tinha seguido melhor o espírito de Cristo? Certa confusão se apoderou de mim.

– Camarada, disse-lhe eu depois de uma pausa – você é muito melhor que eu; não falemos mais nisso!

Eu estava presente quando lhe fizeram a amputação. Já o amava como a um irmão. Ele sabia que ia morrer, mas antes confiou-me alguns objetos para mandar a sua irmã juntamente com uma carta que me ditou. Perguntou-me se não haveria na Bíblia uma passagem que tratasse dum copo de água.

– Peço a você, disse-lhe eu, que não torne a falar nisso. Mas ele continuou:

– Você não sabe, meu fiel amigo, o bem que fez em não me recusar o copo de água.

Naquela noite a febre do doente aumentou e por vezes parecia delirar. Contudo percebia-se que a sua confiança em Jesus Cristo era completa. Tinha a certeza de estar salvo. Assim o mostrava nas suas orações.

Pela madrugada, mexeu-se, acomodou a cabeça no travesseiro, e fechou os olhos para os não abrir mais neste mundo. Tinha adormecido para só acordar na eternidade.

Ao vê-lo morrer assim tranqüilo e consolado, que grande prazer senti em ter-lhe dado de beber, pagando-lhe assim o mal com o bem! Lembrei-me então destas palavras de Jesus: “Todo o que der a beber a um daqueles pequeninos um copo de água fria, não perderá a sua recompensa.”

Os prejuízos de beber pouca água

O organismo, recebendo pouca água, fica desidratado. Cansaço, indisposição, pele seca, cabelos secos, dores de cabeça, problemas digestivos, inflamação, cistites, formação de cálculos (pedras), alterações de pressão arterial, da circulação, do sistema hormonal, irritabilidade, insônia, são alguns exemplos do que pode acontecer para quem bebe pouca água.

Na falta de água, fica prejudicado o sistema natural de limpeza e desintoxicação do organismo. Esse sistema é indispensável para a saúde, mas só funciona se existir grande quantidade de água.

Você conseguiu fazer uma limpeza em sua casa com apenas um ou dois copos de água? Claro que não. O organismo também não. Se a água é pouca, não é possível fazer as eliminações e limpezas necessárias. Assim, ficam retidas dentro do corpo substâncias tóxicas, prejudiciais, contribuindo para o aparecimento das mais variadas doenças.

UMA PEDRA NO CAMINHO

“Um certo grau de opisição é importante para um homem. As pipas sobem contra e não com o vento.”John Neal

O único obstáculo para a água poder voar com mais rapidez e desenvoltura é o ar. Entretanto, se o ar fosse retirado, e a orgulhosa ave tivesse que voar no vácuo, cairia instantaneamente no solo, impossibilitada de voar. O mesmo elemento que oferece resistência ao vôo é simultaneamente a condição de vôo.

O principal obstáculo que um barco a motor tem que enfrentar é a água contra a hélice. Entretanto, se não fosse essa resistência, o barco não sairia do lugar.

A mesma lei que sustenta os obstáculos sejam condições para o sucesso se aplica para a vida humana. A vida livre de todos os obstáculos e dificuldades reduziria a zero todas as possibilidades e fontes de energia. Elimine os problemas e a vida perde a oportunidade de ser melhorada.

Conta-se que há muitos anos, um rei colocou uma pedra bem grande no meio de uma estrada e escondeu-se para ver se alguém, tentaria removê-la. Ricos mercadores e cortesãos passaram pela estrada e simplesmente contornaram a pedra. Muitos reclamaram, culpando o rei pela má conservação da estrada, mas nenhum fez qualquer tentativa para tirar a pedra. Então veio um camponês com um balaio de verduras. Chegando onde estava a pedra, o camponês pôs o balaio no chão e tentou remover a pedra para a margem da estrada. Depois de muito esforço conseguiu. Quando foi pegar as verduras o camponês viu uma bolsinha no chã|o, no lugar de onde tinha removido a pedra. A bolsa continha muitas moedas de ouro e uma mensagem do rei, dizendo que as moedas pertenciam a quem tivesse removido a pedra do caminho.

O camponês aprendeu então o que muitos jamais entenderam: em cada obstáculo surge uma oportunidade para melhorarmos.

Fonte: Insight – Vol. III

QUEM O IMPEDE DE PROGREDIR?

“Nossas dúvidas são traidoras, e nos fazem perder o bem que sempre poderíamos ganhar, por medo de tentar.”William Shakespeare”

    Quando somos jovens não alimentamos tantos sonhos grandiosos, a ambição de escrever ou pintar, de abrir um negócio ou de fazer alguma espécie de trabalho criativo? Quase todos nós sonhamos. Na verdade, se formos bem sinceros, teremos de reconhecer que sonhamos quando jovens e que continuamos sonhando sempre, até hoje. O que muda é que, de repente, os sonhos vão perdendo a posição central que gozavam em nossas vidas e surgem – principalmente como “desculpa” que damos a nós mesmos – os “compromissos”. Uns dizem que têm de trabalhar muito; outros, que gostariam de escrever um romance, mas não têm tempo, porque tem o “dia cheio”; outros, ainda, que gostariam de pintar, mas estão com um problema no olho esquerdo. As explicações são as mais variadas e todas, sem exceções, não passam de desculpas para justificar o fato de que não realizaram desejos mais profundos.

Pense, por exemplo, em Júlio César. Você sabia que ele escreveu seus textos numa tenda de campanha, à noite, enquanto todo o Exército Romano dormia, e que no dia seguinte, bem cedo, estava pronto para voltar ao combate?

Você sabia que Händel escreveu suas melhores partituras depois de ter sido desenganado pelos médicos? E que Beethoven continuou compondo música mesmo depois de estar completamente surdo? Pense, em Aníbal e Lorde Nelson: os dois grandes generais, e os dois cegos de um olho. Francis Joseph Campbell, também cego, foi um dos maiores matemáticos que o mundo conheceu, além de músico.

Mas “gente como a gente” é diferente. Surge uma pequena dificuldade e começa: “Ah, não vou conseguir. Jamais serei capaz de fazer o que quero fazer…”

Pense no Robson Crusoé, Daniel Defoe: escreveu seu romance na prisão. John Bunyan, escreveu Viagem do Peregrino no cárcere. Lutero traduziu a Bíblia durante o tempo em que permaneceu no Castelo de Wartburg. Dante trabalhou durante vinte anos, vivendo no exílio e depois de ter sido condenado à morte, e Dom Quixote foi escrito por Cervantes numa cela de prisão, em Madri.

Aí, vem você e supira: “Sim, tudo bem, mas eu tenho de trabalhar”. Ora… você já viu quantas páginas tem o livro… E o Vento Levou? Pois fique sabemdo que Margaret Mitchell escreveu todas aquelas centenas de páginas ao mesmo tempo que trabalhava, em horário integral, como jornalista.

Será que você é daqueles que acha que um pequeno defeito no dedo indicador da mão esquerda, o impede de exculpir as estátuas de seus sonhos? Se é, fique sabendo que Lorde Cavanaugh, membro do Parlamento inglês, não tinha nem braços, pernas e elegeu-se sem precisar de ajuda de ninguém.

Ou pense, em Shakespeare, que jamais frenquentou uma escola, que apredeu sozinho a ler e escrever e, ainda assim, tornou-se um dos maiores dramaturgos e poetas de todos os tempos.

Agora, então, pense novamente nas ambições e nos sonhos que carrega escondidos em seu coração. E pense novamente, também nas desculpas que tem usado, para não realizá-los. Descubra que não há razões, nem explicações reais ou válidas, que são apenas desculpas.

Pois deixe de lado as desculpas esfarrapadas e trate de começar a dar vazão ao seu desejo de criar, por meio de uma autêntica atividade criativa. Lembre-se: Você é a única pessoa capaz de impedir o seu próprio progresso pessoal.

Fonte: Insight – Vol. III

A MARAVILHA DO CRISTIANISMO

Mas, ao entrar, não acharam o corpo do Senhor Jesus… Por que buscais entre os mortos ao que vive? Ele não está aqui, mas ressuscitou. (Lucas 24:3, 5-6).

 

1. As pirâmides do Egito, túmulos em honra aos grandes faraós.

2. O jardim suspenso da Babilônia, edificado por Nabucodonosor em honra a sua esposa.

3. A estátua em Olímpo em honra a Zeus, o deus supremo da mitologia grega.

4. A estátua efésia em honra a Diana, a deusa da fertilidade da mitologia grega.

5. O túmulo em honra ao rei Mausolo, de cujo nome vem a palavra mausoléu.

6. O Colosso de Rodes, uma gigantesca estátua de bronze a Apolo, o deus grego do sol.

7. O Farol de Alexandria, na baía dessa cidade, edificado em homenagem a Ptolomeu II.

Você sabia que pouquíssimas pessoas são capazes de dizer quais são as “sete maravilhas”, e quase ninguém pode identificar aqueles em honra de quem elas foram edificadas? O mesmo não acontece com as duas maravilhas do cristianismo: a cruz e o túmulo. Enquanto a cruz foi feita para matar o Filho de Deus, está para sempre em primeiro lugar na mente de todo o crente como o lugar onde o Senhor pagou pelos nossos pecados com Seu próprio sangue conquistando para nós o eterno perdão de uma vez por todas. Enquanto o túmulo foi construído para conter um corpo, inanimado, ele é sempre recordado por aqueles que têm a vida eterna em Cristo como o lugar onde Ele consumou a vitória sobre o pecado e a morte.

O mundo presta mais atenção às sete maravilhas do que àqueles a quem elas destinavam honra; não é assim, contudo, com as maravilhas do cristianismo. A cruz e o túmulo são meramente lembranças do Salvador, que as usou para conquistar-nos uma vitória eterna. Para o crente, a importância nunca é colocada nas maravilhas, mas sempre e somente em nosso maravilhoso Salvador, do qual se pode dizer que: “Ele não está aqui, mas ressuscitou”.

Feridas Curadas

A Ostra e a Pérola

    “Uma ostra que não foi ferida, não produz pérolas”. Pérolas são produtos da dor. Resultados da entrada de uma substância estranha ou indesejável no interior da ostra, como um parasita ou um grão de areia. Na parte interna da concha é encontrada uma substância lustrosa chamada NÁCAR.

Quando um grão de areia a penetra, as células do NÁCAR começam a trabalhar e cobrem o grão de areia com camadas e mais camadas, para proteger o corpo indefeso da ostra. Como resultado, uma linda pérola vai se formando. Uma ostra que não foi ferida, de algum modo, não produz pérolas, pois a pérola é uma ferida cicatrizada… Você já se sentiu ferido pelas palavras rudes de alguém? Já foi acusado de ter dito coisas que não disse? Suas idéias já foram rejeitadas, ou mal interpretadas? Já recebeu o troco da indiferença? Então, produza uma pérola!!!

Cubra suas mágoas com várias camadas de amor. Infelizmente, são poucas as pessoas que se interessam por esse tipo de movimento. A marioria aprende apenas a cultivar ressentimentos, deixando as feridas abertas, alimentando-as com vários tipos de sentimentos pequenos e, portanto, não permitindo que cicatrizem.

Assim, na prática, o que vemos são muitas “Ostras Vazias”, não porque não tenham sido feridas, mas, porque não souberam perdoar, compreender e transformar a dor em amor. Um sorriso, um olhar, um gesto, na maioria das vezes, fala mais que mil palavras…